Métodos Eletroanalíticos para Contaminantes EmergentesFechar
Os contaminantes emergentes (CEs) são substâncias naturais ou sintéticas que não são comumente monitoradas no ambiente, embora possam causar efeitos indesejáveis aos seres vivos. Entre os compostos classificados como CEs estão os pesticidas; fármacos; corantes; produtos de higiene pessoal; hormônios; retardantes de chama; aditivos plastificantes; nanopartículas; derivados perfluoroalquílicos; parafinas cloradas; siloxanos; toxinas; elementos-traço, entre outros. A ocorrência desses compostos em diversas matrizes tem sido documentada por pesquisadores de todo o mundo, como consequência do descarte direto ou tratamento inadequado de resíduos industriais e domiciliares, ocupação desordenada do solo, condições precárias de saneamento, carência de políticas afirmativas de preservação e valorização dos recursos naturais, entre outras atividades que constatam os impactos negativas da ação antrópica sobre o equilíbrio ambiental. Dependendo da matriz de estudo, o monitoramento desses compostos é tradicionalmente realizado por técnicas espectroscópicas, cromatográficas e imunoensaios que, em muitos casos, apresentam limitações quanto ao custo, praticidade operacional, necessidade de etapas prévias de clean-up e elevado tempo de análise, dificultando sua implantação na rotina dos laboratórios de controle de qualidade. Como alternativa, os métodos eletroanalíticos têm ganhado grande aceitação em decorrência das diferentes vantagens apresentadas para o monitoramento de CEs, a exemplo da elevada sensibilidade e precisão, especificidade e/ou seletividade, simplicidade operacional, custo acessível, estabilidade de resposta, além da possibilidade de miniaturização e portabilidade para análises in situ e in vivo. Vários avanços, tendências e desafios vem sendo reportados em relação à eletroanálise de CEs no meio ambiente, motivando pesquisas e discussões altamente relevantes para a comunidade científica contemporânea.